sexta-feira, 22 de outubro de 2010 | By: Jéssica Barczewski

4ª Mostra CineBH


 Começou nesta quinta-feira, a 4ª Mostra CineBH, que oferece aos belo horizontinos, assim como os turistas que passam pela cidade, a exibição de filmes e oficinas gratuitamente . O evento está sendo realizado no tradicional e boêmio Bairro Santa Tereza. No local foi instalada a Vila do Cinema, que é composta pelo Cine-Praça e pelo Cine-Tenda e promete comportar mais de 1400 pessoas. Os filmes são exibidos em quatro lugares diferentes, no Cine Santa Tereza, no Cine Humberto Mauro e nas duas tendas montadas na Praça Duque de Caxias.

A quantidade de pessoas que movimentam a mostra não é resultado apenas das exibições gratuitas de filmes, mas sim, das oito oficinas promovidas pelo evento. As inscrições encerraram no dia 5 de outubro e ofereciam 241 vagas para os mais variados tipos de público.
O conteúdo das oficinas é variado, vai desde a aprendizagem sobre manipulação de equipamentos, até a produção de um curta documental, que será exibido no encerramento da mostra. O horário também varia de acordo com a oficina escolhida.
A estudante Amanda Diniz, que participa da oficina Análise Crítica da Linguagem Cinematográfica falou um pouco sobre o assunto. “A oficina foi divertida, apesar de ter começado com quase uma hora de atraso. O tema é muito bacana, mas acho que falta dinamismo nas aulas. Da minha turma, cinco pessoas serão selecionadas para compor o Júri Jovem que vai julgar o Melhor Filme do Festival de Tiradentes,” diz. Segundo Amanda, a seleção é baseada em um texto que os participantes da oficina terão que fazer sobre um dos seguintes filmes: “A falta que me faz”, “Memória Cubana”, “Fuga da mulher gorila”, “Belair”, “Separações” e “Pacific”.

Para Mauro Lins, estudante de letras da UFMG é difícil entrosar com os outros participantes em apenas três dias. Ele afirma que talvez no final as pessoas se sintam mais relaxadas, já que estão unidas ali por um gosto em comum.  Sobre o conteúdo da aula ele disse “Aprendemos um pouco sobre a História do Cinema no Brasil, mas o enfoque mesmo parece ser o brasileiro contemporâneo”.

Para essa edição, a grande novidade é a presença de diversos convidados internacionais reunidos para o primeiro encontro internacional de coprodução. O encerramento do evento será no dia 26 de outubro.

Acompanhe o vídeo feito pelo MGTV 1ª edição sobre a produção da 4ª Mostra CineBH.



sexta-feira, 8 de outubro de 2010 | By: Jéssica Barczewski

Podcast Pão e Poesia na Escola

Projeto Tudoaver apresenta a exposição "Atelier Aberto - Pintando a Primavera"



                Até o dia 29 de outubro, o Cento Cultural e a Prefeitura de Contagem apresentam a exposição “Atelier Aberto - Pintando a Primavera”.  As obras que compõem a mostra são resultado de um grande atelier aberto, que contou com a presença de 30 artistas na tarde de sábado do dia 18 de setembro. Ao som de clássicos do rock, o clima ficou descontraído e propício à criação artística.




                Enquanto esperava para resolver algumas pendências burocráticas, a vendedora Lurdes Teixeira parou para contemplar as pinturas. “Vim para cá (prefeitura) para resolver uns problemas, e ao invés de esperar sentada, resolvi dar uma volta e encontrei essas pinturas”, disse Lurdes. A vendedora afirmou que não sabia da existência de uma galeria de arte dentro da prefeitura, mas que gostou do que viu. “Às vezes a gente não tem condição de ir ver obras assim em museus. Poder vê-las de perto e de graça é muito bom. Todas são tão bonitas, que dá até vontade de ter em casa”, disse a vendedora.
                A exposição é uma iniciativa do Projeto Tudoaver, uma parceria da Coordenadoria de Cultura de Contagem com o Big Shopping. O projeto criado em 1999, levava o nome “6 X 1”, e nasceu da vontade de levar arte para lugares, onde as pessoas almejavam esse contato, com a inexperiência na área e com os recursos oferecidos pelo shopping.   
Na época eram realizadas seis mostras por mês, o que explica o antigo nome. Mas segundo o coordenador do Tudoaver, Henrique Dias, o nome teve que ser trocado, pois não tinha mais o mesmo significado. “Com o tempo, fazer seis exposições por mês começou a ficar saturado”, disse. Para Henrique a mudança do nome, assim como das próprias ações só fez o projeto melhorar. “Embora, o número de exposições tenha diminuído, hoje se trabalha com todos os tipos de arte. Com o produto artístico mesmo. Tanto arte acadêmica como contemporânea”, afirmou Dias. “Essa diversificação está ligada ao nome, Tudoaver” disse o também coordenador e um dos criadores do projeto, Fernando Perdigão.  Hoje, são realizadas duas exposições por mês. Os lugares variam entre o Centro Cultural, a Prefeitura e o Big Shopping.  
Para o “Atelier Aberto – Pintando a Primavera” foram convidados 30 obreiros, que já haviam participado de outras exposições. Mas o projeto sempre conta com inscrições de outros artífices, que mandam seus portfólios para serem avaliados. “O Tudoaver oferece espaço para novos artistas, muitos tiveram a primeira oportunidade de expor com o projeto”, afirmou Henrique.
Quanto ao público, os dois coordenadores concordam com o crescimento das visitações. Segundo Henrique isso decorre da mudança na distribuição dos materiais de divulgação. Antes os convites eram enviados por meio de correspondência, hoje, através de uma lista de assinatura disponibilizada em cada galeria, cada visitante deixa seu e-mail para receber mais informações.
                Sobre a próxima exposição, ambos preferiram não dar muitos detalhes, a única informação é que o tema será relacionado ao teatro.


domingo, 26 de setembro de 2010 | By: Jéssica Barczewski

Pão e Poesia na Escola realiza oficinas na Escola Estadual Duque de Caxias

Quem entrou nas salas 204 e 205, da Escola Estadual Duque de Caxias, localizada no bairro Santa Helena, durante os dias 13 e 24 de outubro, certamente, não entendeu nada.  Enquanto alguns alunos andavam de um lado para o outro com cadernos nas mãos, outros permaneciam concentrados com o lápis apoiado na folha de papel escrevendo em um fluxo contínuo. Esses eram incapazes de notar uma presença diferente, era preciso chamar a sua atenção.
Aquela não se tratava de uma aula de história, e pela euforia dos estudantes, com certeza não era uma aula de matemática. O mais estranho era que no meio daquela bagunça não havia um professor, mas três. Poderia se tratar de um novo método de ensino, no qual os alunos tinham liberdade para se expressar, para circular pela sala de aula divulgando as novas descobertas ou as novas criações. Essa era exatamente a impressão que um desconhecido teria ao se deparar com essas duas turmas. De fato, o objetivo era esse, mas não se tratava de um novo método de ensino, mas sim do “Pão e Poesia na Escola”.

Os oficineiros Diovvani Mendonça e Macros Vinícius explicando o final do "Pão e Poesia na Escola"
Após serem apresentados ao projeto, era hora de começar a colocar as idéias no papel. Durante a semana, os estudantes dedicaram duas horas do seu tempo às oficinas de criação. Nesse momento, eles eram livres para escrever sobre o que quisessem. Aqueles que precisassem de um pouco de inspiração contavam com a ajuda dos oficineiros que sugeriam alguns temas. Esse foi o caso de Arielle Santos Teixeira, aluna da quarta série do quinto ano. Enquanto participava da aula, seu dente de leite caiu, e após receber os cuidados necessários, contou com a sugestão do oficineiro e também idealizador do projeto Diovvani Mendonça e criou o seguinte poema:
“Caiu o meu dente de leite
Saiu sangue para valer
Daí saiu na minha mente
Um pingente eu vou fazer”
                                                          Arielle Santos Teixeira

A imaginação não tinha limite, e os alunos não tinham dificuldade para escrever. Qualquer assunto, qualquer objeto virava versos. Dentre as várias poesias criadas por Raniel Adriano de Souza havia uma que ele mais gostava, destinada ao seu primo. "Tenho um priminho bebê de oito meses, e ele é muito especial". Para ele, Raniel escreveu:
                                                    “Meu primo é bonitinho
Ele chama Samuel
Toda hora está virado pra cima
Para olhar o lindo céu”
                                                   Raniel Adriano de Souza
A oportunidade de ter um poema de sua autoria estampado em uma embalagem para pão, incentiva Bianca Nathália Santos, de 10 anos, a escrever mais. Para ela criar obras poéticas não é difícil, mas ela afirma que prefere produzir com a ajuda de outras pessoas. “É porque cada uma dá uma palavra, e assim vai fazendo o poema”, disse Bianca. Além disso, ela conta com o apoio dos pais, que aprovaram o projeto.
Mesmo antes do “Pão Poesia na Escola” chegar até Escola Estadual Duque de Caxias, os alunos já tinham contato com o universo literário. No caso de Carla Andressa de Jesus Pinto, o livro  Poemas Avoados, de Leo Cunha não sai de sua mochila. “Eu sempre trago (o livro). Quando sobra um tempinho, ou quando eu termino de fazer as atividades eu abro ele para ler”, disse Carla. Alguns chegaram a declamar poemas, como o caso de Patrick Ferreira santos, que decorou o poema:


“Repito muitas coisas
Muitas coisas que eu sei
Só não repito meu nome
Porque meu nome nunca esquecerei
Repetir é uma coisa
Esquecer é outra
Mas mesmo que eu quisesse esquecer,
tenho um lápis para escrever”

Carla Andressa com seu livro "Poemas Avoados"
                              
            Mesmo que as inspirações sejam diferentes, e que os poemas busquem estilos diversos, todos adquiriram gosto pela criação de poemas e afirmaram que mesmo com o fim das oficinas do “Pão e Poesia na Escola” continuarão produzindo.


sexta-feira, 17 de setembro de 2010 | By: Jéssica Barczewski

Pão e Poesia é um dos semifinalistas da 3º Edição do Prêmio Cultura Viva


O Prêmio Cultura Viva já divulgou os 120 semifinalistas da sua terceira edição. Entre eles está o “Pão e Poesia – Em cada esquina, em qualquer padaria”. O prêmio é promovido pelo Ministério da Cultura (MinC), com o patrocínio da Petrobrás e coordenação técnica do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (CENPEC). Seu objetivo é mobilizar, reconhecer e divulgar práticas culturais desenvolvidas em todo o território brasileiro.
Sob o tema Cultura e Comunicação, a terceira edição buscou valorizar iniciativas que criassem situações comunicativas baseadas na transmissão de informação e conhecimento, e que ao mesmo tempo, estimulassem a expressão e o trabalho colaborativo.
Ao todo, 12 iniciativas serão premiadas, sendo três em cada categoria (Gestor Público, Grupo Informal, Organização da Sociedade Civil e Pontos de Cultura). Os três primeiros lugares receberão os seguintes prêmios:
1° lugar = R$ 40.000,00
2º lugar = R$ 25.000,00
3º lugar = R$ 15.000,00
Como um dos semifinalistas, o “Pão e Poesia – Em cada esquina, em qualquer padaria” receberá o Selo Prêmio Cultura Viva, como forma de reconhecimento pela iniciativa.
quarta-feira, 8 de setembro de 2010 | By: Jéssica Barczewski

2ª Edição do Festival de Comédia Abobrinhas

                                    
 
Programação do Festival Abobrinhas

Setembro

Dias: 7,8,9  - Acredite, um Espírito Baixou em Mim
        10,11,12 - Brincando Com Os Homens
        14,15,16 - Os Sem Vergonha
        17,18,19- Quem Rir Por Último É Retardado
        21,22,23 - Coração Safado
        24,25,26 - As Barbeiras

Outubro

Dias: 1,2,3 - Comi uma Galinha e Tô Pagando o Pato
segunda-feira, 6 de setembro de 2010 | By: Jéssica Barczewski

Pão e Poesia salta para os bancos de escola

Embalagem da edição anterior do Pão e Poesia
O projeto “Pão e Poesia - Em cada esquina, em qualquer padaria”, que desde 2008 edita poemas e obras de artistas plásticos em embalagens para pão inicia, a partir do dia 13 de Setembro, o “Pão e Poesia na Escola”. O projeto em sua 3ª edição tem como proposta aproximar alunos de várias escolas do universo literário e despertar neles o interesse pela leitura e criação de obras poéticas. O programa contará com a participação de 10 escolas públicas da região do Barreiro em Belo Horizonte.

No primeiro dia de visita em cada escola, alunos e professores serão apresentados ao projeto por seu idealizador, Diovvani Mendonça. ”Aproveitando o acervo das diferentes embalagens das edições anteriores do projeto, vamos propor como sensibilização e exercício, que os alunos levem as embalagens para casa e as apresentem aos pais, convidando-os para a leitura e escolha dos poemas que mais gostaram. Na aula seguinte, eles levam escritos os poemas preferidos e trocam entre eles a embalagem lida por outra com poemas diferentes”. Explica Mendonça. A intenção dessa atividade, além da realização das oficinas de poesia, é envolver não apenas os estudantes, mas também suas famílias e demais membros de sua comunidade.
As pessoas da comunidade escolar, assim como os familiares e amigos dos estudantes, também poderão inscrever seus poemas no projeto. Ao todo serão escolhidos 400 poemas. Eles serão impressos nas embalagens para pão, que serão doadas às padarias próximas das escolas participantes. Dessa forma, os alunos-poetas se sentirão motivados a participar da criação, pois, uma vez motivados pelas oficinas, poderão ter seu trabalho reconhecido e divulgado. Ao mesmo tempo, os consumidores terão a oportunidade de ler, divulgar e fazer circular os poemas dos alunos e demais parceiros da rede escolar contemplada pelo projeto.

Este ano, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais, o “Pão e Poesia na Escola” é patrocinado pela V & M do Brasil, responsável pela indicação das 10 instituições de ensino. A meta para é produzir 250 mil embalagens no conceito Carbo-Neutro, que neutraliza as emissões de gases de efeito estufa, aliando assim, arte e responsabilidade ambiental.
Até o final de 2010, serão visitadas cinco escolas. Ano que vem, mais cinco instituições de ensino serão atendidas pelo projeto. A Escola Estadual Duque de Caxias (Rua Mª de Lourdes Oliveira, 85 - Santa Helena) será a primeira a receber as oficinas poéticas, entre os dias 13 e 24 de Setembro.



Confira as escolas que receberão a visita do Pão e Poesia na Escola

 
domingo, 22 de agosto de 2010 | By: Jéssica Barczewski

Ex- Catador tranforma sucata em arte

Morador do Morro das Pedras, Robinho utiliza sucata para fabricar suas esculturas e adornos. A infância difícil não o impediu de conquistar o sonho de ter seu próprio negócio

Em sua loja, que também é ateliê, o artista plástico de 36 anos cria uma de suas esculturas feita de sucata

Foto: Cínthia Ramalho


Ao chegar à Avenida Silva Lobo, no Bairro Grajaú, mesmo sem placa não é difícil encontrar apequena loja de Robson Costa, 36 anos, artista plástico e morador do Morro das Pedras. Basta perguntar para qualquer pessoa da região pelo "Robinho" ou "Zoião" e a resposta é unânime: "o homem do ferro? É logo ali, em frente à PM".

Do lado oposto da calçada do 22° Batalhão da Polícia Militar, é possível ver no alto de um galpão de paredes cor de rosa, já descascadas, uma grande e colorida borboleta de ferro que não deixa dúvidas deque se trata da "Príncipe dos Adornos", a loja de Robson, que também funciona como ateliê. É lá dentro que ele usa a sua criatividade, característica presente desde a infância, para transformar as sucatas recolhidas de ferros velhos em grandes obras de arte. Em um velho pistão Robson enxergou um boneco. "Quando eu olhei pela primeira vez percebi de cara um nariz", conta. E do pé de uma máquina de costura antiga surgiu uma árvore. Porém, sua fama não vem apenas do trabalho como escultor, mas também de seu envolvimento com outras formas de cultura, como a música e a capoeira. "Eu tinha uma banda de hip hop e percussão, chamava ‘Show do Preto’, durou nove anos, mas acabou ano passado, por causa da falta de tempo", explica Robson.

TRAJETÓRIA O pouco tempo para a música se justifica, afinal, o artista recebe encomendas de vários buffets de Belo Horizonte, que utilizam os adornos produzidos por Robson para inovar a decoração de festas, sempre que os clientes exigem algo diferente. Além disso, o escultor é constantemente procurado para ajudar outros profissionais que não dominam as técnicas de manuseio de metais. "Têm muitos artistas quem e procuram porque não entendem da parte do ferro. Há um tempo fiz um trabalho com o Alexandre Braga, ele fez os desenhos e eu entrei com a ferragem”, conta o escultor.

A vida de Robson, entretanto, nem sempre foi assim. Quando tinha apenas dois anos, seu pai morreu em consequência do alcoolismo, deixando a mulher e os três filhos. Aos 10, começou a trabalhar catando latas na rua, depois como lavador de carros. O primeiro trabalho, em uma serralheria, foi aos 14 anos, varrendo a oficina. "Sempre morei na favela, sempre vi violência, drogas, mas nunca me interessei, sempre trabalhei desde pequenininho", diz o artista. Quando criança, Robson gostava de desenhar e inventar brinquedos. Logo que completou 17 anos começou a trabalhar na serralheria artística "Fermetal", onde aprendeu a fazer oratórios no estilo barroco.

Seu primeiro contato com aulas de arte se deu em um curso oferecido pela prefeitura da capital mineira. Ao longo do tempo, aperfeiçoou a técnica e adquiriu experiência em várias oficinas de Belo Horizonte. Há três anos, Robson Costa abriu sua própria loja de onde tira por mês cerca de R$ 3 mil."Meu trabalho significa tudo para mim, pois é de onde eu tiro meu sustento, crio meus meninos e educo eles", afirma o escultor, que é casado e tem quatro filhos. Enquanto trabalha em uma nova peça, Robson não esconde a vontade de que os filhos se interessem pelo ofício de escultor. Olhando as fotos das crianças em um quadro, feito do mesmo material das esculturas que o tornou conhecido, o artista diz que só espera o filho mais velho completar 12 anos, para começar a trabalhar em seu ateliê. "Meu filho vai trabalhar meio período comigo, porque a escola é muito importante", explica.

Robson, ou melhor, Robinho, já expôs seu trabalho no Parque Estrela D´Alva, no Parque Lagoa do Nado, na Casa do Conde e no Centro de Cultura da Prefeitura. Além disso, foi uns dos personagens do livro "Favela é Isso Aí", que conta a história de vários artistas que atuam nas favelas de Belo Horizonte, lançado pela equipe da ONG que leva o mesmo nome.


PROJETOS O mais novo plano do artista é poder ensinar aos jovens da periferia a arte das esculturas de sucata. Para isso, com a ajuda do também artista plástico Alexandre Braga, criou um projeto intitulado "Oficina de Artes" que não pôde ser realizado já que não conseguiu o apoio da Lei de Incentivo à Cultura. Sobre ensinar suas técnicas,ele explica: "tem que ter leveza,um carinho, às vezes é melhor ensinar uma criança do que um adulto que já mexe com solda, máquina, porque eles não tem delicadeza".

Quando questiona do sobre sua inspiração, responde de maneira simples, "está em tudo o que eu vejo", e afirma ser fã de Oscar Niemeyer e do poeta Saíde de Oliveira. Robson agora tem objetivo de ampliar sua oficina para ensinar a outras pessoas seu trabalho e dar a elas a oportunidade que a vida lhe deu. "Batalhei muito para ter o que eu tenho, mas, nunca pensei que meu trabalho fosse tomar essa dimensão. Eu só procurei fazer o melhor", afirma Robinho.


Paula Hoelzle
Cínthia Ramalho
Bruna Fonseca